Você sabe como a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) acompanha se a sua distribuidora está prestando um bom serviço? Parte dessa resposta passa por um instrumento fundamental denominado INDGER – Indicadores Gerenciais da Distribuição. O nome pode parecer técnico, mas o objetivo é simples: acompanhar de perto a qualidade da prestação do serviço de distribuição de energia elétrica no Brasil.
A atual estrutura do INDGER foi desenvolvida a partir da Tomada de Subsídios nº 008/2020, com o objetivo de modernizar o acompanhamento técnico dos indicadores gerenciais. Desde então, o modelo passou por etapas importantes, como a publicação do glossário da base de dados na versão 1.0, o início dos envios regulares pelas distribuidoras, a atualização para a versão 2.0 e, mais recentemente, a avaliação da qualidade dos dados enviados.
Em cinco anos, a iniciativa evoluiu de uma proposta técnica para um modelo estruturado que consolida e reúne informações de serviços comerciais e técnicos que permitem à Agência acompanhar, de forma sistêmica, a qualidade do serviço prestado em todo o país.
Sua rápida consolidação mostra como o modelo se transformou em um eixo essencial para o setor. Destaca-se a importância de uma governança de dados sólida e de uma atuação ágil e adaptável por parte das distribuidoras.
Como o INDGER está estruturado?
Todas as definições, estruturas e critérios de validação do INDGER estão descritos em um manual técnico (Manual de Instruções da Base de Dados INDGER2), publicado pela ANEEL e atualizado periodicamente conforme a evolução do modelo. Esse documento orienta os agentes sobre o formato dos arquivos, os prazos de envio e os padrões exigidos pela Agência para validação dos dados.
Para cada mês de competência, são gerados cinco arquivos .csv: Serviços, Comercial e 3 Técnicos (Linha de Distribuição, Subestações e Alimentadores). Todos são reunidos em um único arquivo .zip, que é enviado ao sistema da ANEEL.
Por que isso é importante?
Com base no INDGER, a ANEEL consegue monitorar a evolução do serviço de distribuição de forma remota, técnica e comparável entre distribuidoras. O sistema permite à Agência:
- Identificar padrões de atendimento e de desempenho;
- Detectar indícios de não conformidade;
- Ampliar a transparência regulatória; e
- Direcionar fiscalizações ou exigir medidas corretivas.
Por isso, o envio correto e dentro do prazo é essencial. O não cumprimento dos padrões de qualidade e dos prazos estabelecidos compromete a efetividade do monitoramento regulatório e pode acarretar consequências à distribuidora.
Mais do que uma obrigação regulatória, o INDGER também representa uma oportunidade de melhoria interna. Consolidar os dados exigidos pela ANEEL em um modelo estruturado contribui para o controle da operação, a previsibilidade de riscos regulatórios e a tomada de decisão com base em indicadores confiáveis.
Além de atender ao regulador, as distribuidoras que organizam e monitoram seus dados com qualidade passam a ter uma visão mais clara do próprio desempenho.
Quer entender na prática como o INDGER funciona e por que ele tem ganhado cada vez mais relevância para distribuidoras e reguladores?
No dia 13 de agosto de 2025, a Norven realizará um webinar exclusivo sobre o INDGER, voltado a profissionais que desejam entender, de forma prática, como esse modelo tem se consolidado como uma ferramenta essencial para distribuidoras e reguladores.
Durante o evento, vamos percorrer toda sua estrutura, apresentar seus três grandes blocos de dados, discutir a importância da qualidade das informações enviadas e explorar o Manual do INDGER2.
Compartilhe e incentive a participação da sua equipe técnica, regulatória, de dados e gestão. O INDGER é um compromisso de todos.